Notícias Católicas - A igreja Evangelizando
Cantos para missa, Liturgia, Entrada Comunhão Ofertório Aclamação Santo Glória Ato Penitencial
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Entrada Deus caminha ao nosso encontro: esse é o sentido da procissão de entrada. Em diversas passagens bíblicas vemos o povo de Deus caminhar, seja em busca da terra prometida, seja em busca de libertação. Ora a caminho de Jerusalém, ora ao encontro de Jesus. É por isso, que na pessoa do sacerdote, aclamamos a Cristo que vem ao nosso encontro, com toda a sua majestade, seu poder e autoridade, para celebrarmos juntos os Mistérios do sacrifício da Missa. O canto de abertura (ou de entrada) está inserido nos ritos iniciais e cumpre o papel de criar comunhão. (IGMR 48) Uma de suas funções é a de acompanhar a procissão do sacerdote e não para acolher ou receber o sacerdote, pois é este quem acolhe a todos os presentes na assembleia para participarem do grande sacrifício da Santa Missa. Toda a assembleia reunida canta a alegria festiva de reunir-se com os irmãos. Seu mérito é o de convocar a assembleia e, pela fusão de vozes, juntar os corações ao encontro com do Cristo ressuscitado. Este canto tem que deixar a assembleia num estado de ânimo apropriado para a escuta da palavra de Deus, além de deixar claro que festa ou Mistério do tempo litúrgico irá ser celebrado. Todo o povo deve estar envolvido na execução desta canção. Este canto não deve ser longo e deve terminar quando o sacerdote chegar ao altar (ou quando terminar o rito de incensação do altar). Conforme diz Santo Agostinho: “Canta e caminha!” Finalidade: constituir e congregar a assembleia, introduzindo-a no mistério a ser celebrado – tempo litúrgico, sonorizar o caráter festivo da celebração, fomentar a união dos fiéis, dar o tom da celebração. O Missal Romano diz: “... seja adequado à ação sagrada ou à índole do dia ou do tempo litúrgico”, elevando seus pensamentos à contemplação do mistério litúrgico. A finalidade desse canto é Abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir os fieis no Mistério do tempo litúrgico ou da festa, acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros, deve terminar quando o padre chegar ao altar. Se houver uso de incenso, prossegue até que o altar seja incensado. Entrada
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Ato Penitencial Senhor, tende piedade ou Kyrie eleison - é uma aclamação suplicante endereçada a Cristo, o Senhor, louvando-O e à sua misericórdia. Pertence aos cantos rituais, constituindo o próprio rito da celebração (Ordinário da Missa) Significado Litúrgico - O ato penitencial, também conhecido na liturgia antiga como Kyrie eleison, pode ser comparado a um capacho posto à entrada de um recinto. Assim como limpamos a sujeira da sola do calçado, semelhantemente, no ato penitencial, recebemos o perdão de todos os pecados veniais: a impureza adquirida no dia-a-dia, que nos torna indignos de participar do banquete da eucaristia. Os pecados mortais exigem o sacramento da confissão. Este canto é o próprio rito de ato penitencial e deve ser cantado integralmente, devendo obrigatoriamente conter as frases: SENHOR PIEDADE (ou Kyrie eleison) e CRISTO PIEDADE (ou Christe eleison). Caso contrário, o canto estará liturgicamente errado. Dicas práticas: Liturgicamente correto é: 1. Rezar o “Confesso a Deus Todo Poderoso e a vós irmãos...”; 2. Após a absolvição dos pecados (Deus Todo Poderoso tenha compaixão...) o ministério cantar o “Senhor, tende piedade de nós; Cristo, tende piedade de nós; Senhor, tende piedade de nós”; 3. Logo em seguida, sem nenhuma introdução nem por parte do presidente da celebração, nem por parte do comentarista ou ministério de música, os cantores iniciam o hino do glória. Este canto é o próprio rito de ato penitencial e deve ser cantado integralmente, devendo obrigatoriamente conter as frases: SENHOR PIEDADE (ou Kyrie eleison) e CRISTO PIEDADE (ou Christe eleison). Caso contrário, o canto estará liturgicamente errado. No domingo de Ramos pode ser substituído pela procissão. Na Quarta feira de Cinzas é substituído pela imposição das cinzas ou pode também ser substituído pela benção e aspersão da água. Toda a assembleia de pé. Todos são convidados pelo sacerdote a reverem suas faltas, permanecendo-se em silêncio por um tempo. Ato Penitencial
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Hino de Louvor - Glória Significado Litúrgico - O hino de louvor, ou glória, expressa o louvor de toda a criatura ao Criador, do homem remido ao Salvador e do homem imperfeito ao Consolador, relembrando os pontos principais de todo o mistério de nossa salvação em Jesus Cristo. Este canto deve fazer o verdadeiro louvor, assim como disse São Paulo, o louvor que glorifica Deus pelo que ELE É e não pelo que Ele faz. Este canto é o próprio rito de hino de louvor e deve ser cantado integralmente. Por isso, para este canto ser considerado corretamente como hino de louvor, este deve obrigatoriamente conter toda a oração do hino de louvor: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai Todo-Poderoso nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por Vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai, Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Vós que tirais os pecados do mundo, acolhei a nossa súplica, Vós, que estais à direita de Deus Pai, tende piedade de nós, só Vós sois o Santo, só Vós o Senhor, só Vós o Altíssimo Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém”. É falsa, portanto, a idéia de que apenas basta ter as invocações de “Glória ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao Espírito Santo”, para que um canto seja verdadeiro hino de louvor. Com isso, podemos constatar que é um ERRO LITÚRGICO bastante comum em inúmeras paróquias e em inúmeros grupos de canto, a substituição da recitação do hino de louvor por cantos que não o contenham integralmente. Obs: Durante o tempo da quaresma e do advento não se canta o hino de louvor, pois são tempos litúrgicos de penitência e de contrição, não de festa. É o hino antiquíssimo (século II) pelo qual a Igreja congregada no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. É um louvor as três pessoas da Santíssima Trindade, cantado ou recitado nas Missas dominicais, solenidades ou nas festas dos santos. No tempo do Advento e Quaresma não se reza nem se canta o Glória. Também não se diz nos dias de semana porque perderia o sentido solene. Hino de Louvor - Glória
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Aclamação ao Evangelho Como o Evangelho é o próprio Cristo que fala, devemos estar de pé, na posição de quem ouve o recado para ir anunciar as palavras de salvação. Este canto é o próprio rito de aclamação ao Evangelho e deve ser cantado integralmente. Para que um determinado canto possa ser considerado como canto de aclamação ao Evangelho, este deve, obrigatoriamente, conter a palavra “aleluia!”. Em todos os tempos do ano litúrgico, exceto no Advento e Quaresma, esta aclamação é constituída pelo Aleluia seguido do versículo que vem indicado no próprio Lecionário. Dicas Práticas: 1. Deve-se sustentar o canto se tiver a procissão do Evangeliário do Altar até o ambão. Obs: Na Liturgia da Missa somente existe duas procissões do Evangeliário: o sacerdote (o diácono ou o leitor instituído) entra com o Livro Santo na procissão de entrada da Missa e no momento da proclamação do Evangelho. É estranho a Liturgia uma procissão de Bíblia ou do próprio lecionário, após a oração da coleta da missa. Se vai fazer procissão da Palavra de Deus, observe-se as normas litúrgicas. Não existem dançarinas, teatrinhos e bailes para entrada ou acompanhamento da Palavra de Deus no rito da Missa. Em um encontro pode-se fazer, mas NÃO NO RITO DA MISSA. 2. No tempo da Quaresma é proibido o uso do “aleluia” e o “glória” (exceto nas solenidades que o calendário litúrgico traz em suas datas fixas). 3. No tempo do Advento se aconselha a não contar o aleluia. Esta aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, através da qual a assembleia dos fieis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. Para que um determinado canto possa ser considerado como canto de aclamação ao evangelho, este deve obrigatoriamente conter a palavra ALELUIA, que significa alegria,exceto no tempo da quaresma onde este aleluia é vetado, em virtude do forte tempo de penitência e contrição. No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no lecionário. Aclamação ao Evangelho
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Apresentação das Oferendas O canto deve acompanhar o rito da apresentação dos dons, ou seja, a procissão das oferendas. Em missas onde houver a incensação, a música pode ser estendida até o término deste rito. Este é um canto facultativo e pode ser executado de forma totalmente instrumental ou cantado somente pelo grupo de sustentação, ou ainda omitido (silêncio). Neste caso, observa-se a oração proferida pelo presidente da celebração: “Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos e vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano, que agora vos apresentamos, e que para nós se vai tornar o pão da vida.“ O término deste canto não precisa coincidir como fim da apresentação das oferendas, mas pode ser cantado inteiramente, devendo ser encerrado, no máximo, quando o sacerdote termina de oferecer o pão e o vinho e purifica as mãos. Para que um canto seja considerado como de apresentação das ofertas, este deve conter as palavras PÃO E VINHO ou deixar implícito que as ofertas que realmente importam são o pão e o vinho, onde os dons são apresentados diante do Altar do Senhor. Dicas Práticas: 1. O Canto de Apresentação das Oferendas pode ser substituído por uma música instrumental; 2. O sentido do canto tem de ser o de um Louvor de apresentação, diante do altar do Senhor, dos Dons que recebemos, os frutos do nosso trabalho, a nossa família e amigos, a vida, ou seja, tudo aquilo que podemos e devemos colocar diante do Senhor como forma de agradecimento e com confiança, de que tal como o Pão e o Vinho que são apresentados, mais tarde se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo, nossas vidas colocadas diante do altar, estão sendo entregues ao Senhor confiantes de que podem ser transformadas. 3. Não é obrigatório que contenha as palavras: pão, vinho e ofertório, porém devemos ter cuidado, para que o não uso dessas três palavras, levem a música ficar subtendida quanto ao real sentido desse momento. Este canto acompanha o rito da apresentação das ofertas e, por isso, deve ser encerrado quando sacerdote termina de oferecer os dons a Deus e lava as mãos. Nas missas solenes, quando há o uso de incenso, o canto deve se estender até o momento após a incensação da assembléia, corpo místico de Cristo. Conforme doc.79-319 CNBB: "o texto deste canto não precisa falar, necessariamente, de pão e de vinho nem de ofertório ou oblação, mas pode expressar o louvor e a referência ao tempo litúrgico. Na tradição do Canto Litúrgico no Brasil, desde a introdução do vernáculo, o“Canto de Apresentação das Oferendas” chegou a tornar-se um momento em que o povo deseja expressar sua disposição de querer oferecer sua vida, sua luta e trabalho ao Senhor, o que parece ter um alto valor existencial e espiritual"; Apresentação das Oferendas
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Santo Para concluir o prefácio da Oração Eucarística o povo aclama o Senhor com as palavras que o profeta Isaías ouviu os serafins cantarem no templo, em sua visão (Is 6,3). O “Santo” é um dos três principais cantos fixos da Missa. Nele, toda a assembléia se une aos anjos e santos, para proclamarem as maravilhas do Deus Uno e trino. É o canto dos anjos (Is 6,2-3) e também dos homens (Lc 19,38). Este canto pertence, então, a comunidade toda e não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos e santos para cantarem a uma só voz, e, depois, somente um coral ou um solista executar o canto sozinho. O “Santo” é o próprio rito da aclamação e deve ser cantado integralmente. Porque a Igreja se preocupa para que este hino não seja adulterado? Por causa de seu valor histórico, tais como o “Senhor, tendo piedade de nós. Cristo tende...; Glória a Deus nas alturas...; e o Cordeiro de Deus. Dados históricos: Tem sua origem no Oriente, século II. O texto bíblico: um manto de retalhos, uma compilação de textos bíblicos – As duas primeiras aclamações, tiradas de Isaías, de sua visão dos anjos prostrados diante do altar... “Toda a terra está cheia de sua glória” Hosana. do hebraico Hosiah-na= dá a salvação, do salmo 118,25 – “Senhor, dai-nos a salvação!” Nas alturas = Deus que habita os altos céus... Bendito o que vem: Sl 118,26, que a tradição transformou numa aclamação messiânica: “Bendito O que vem em nome do Senhor!”, festejando e aclamando o Senhor, quando de sua entrada em Jerusalém. (Mt 21, 9). Portanto, o clima bíblico do Santo é de celebração gloriosa: teofania (manifestação de Deus), deve produzir expressão exuberante de alegria, aclamação jubilosa, unânime e solene com que se conclui o prefácio (que inicia a oração eucarística, e devia ser cantado).O santo, como o salmo e o Amém doxológico, é o principal dos cantos principais da missa. É a primeira aclamação da assembleia na prece eucarística, e como hino-aclamação. Segundo o Apocalipse, o Sanctus é a aclamação da liturgia celeste. A assembléia deveria ficar à vontade e alegre, ao cantar esse louvor solene, sentindo-se intérprete fundamental desta aclamação, a primeira e mais importante a ser cantada pela comunidade. A melhor forma de cantar o Santo é a forma direta. Não deve ser substituído por “versões tão livres que não correspondam à doxologia bíblica.” Dicas Práticas: 1. Para que um canto do “Santo” seja considerado litúrgico, ele deve conter, obrigatoriamente, todas as palavras da oração recitada. Ou seja: “Santo, Santo, Santo; Senhor Deus do universo. O céu e a terra proclamam a vossa glória; Hosana das alturas. Bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas”. O recomendável mesmo é que o canto se atenha à esta aclamação bíblica, sem introduzir alterações no texto original. 2. Está proibido o uso de determinados hinos que devem ser evitados pelos ministérios, tais como: a) Santo, santo, santo; dizem todos os anjos... céus e terras passarão... b) Deus é santo, Deus é amor... c) Santo três vezes santo, mil vezes santos... d) O Senhor é santo, ele está aqui, o Senhor é santo, eu posso sentir... etc. 3. No momento da narração da instituição da Eucaristia, está proibido a execução de hinos, instrumentais ou o canto da narração da instituição por parte do presidente da celebração. Este canto é o próprio rito de aclamação do Santo e deve ser cantado integralmente. Por isso, para que um canto seja considerado canto de santo, ele deve obrigatoriamente conter todas as palavras da oração recitada, ou seja: Santo, Santo, Santo (3 vezes santo) + Bendito o que vem em nome do Senhor + Hosana nas alturas. Santo
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Abraço da paz A “saudação da paz”, antes da Oração do Pai-Nosso, está liturgicamente prescrita e por ser um gesto simbólico, deve ser dada com sobriedade aos que estão mais próximos, do lado, preferencialmente, sem sair do lugar. A Instrução Geral do Missal Romano diz que o sacerdote deve permanecer no presbitério, podendo saudar o ministro ou alguém na assembleia, mas permanecendo no âmbito do presbitério. A saudação é prescrita, mas o canto não, e entre cantar ou não, melhor que não se cante para valorizar o gesto (IGMR 82), não causar dispersão na assembleia e, também, não abafar o canto do “Cordeiro de Deus”, já que este tem a preferência durante o rito de “Fração do Pão”. Abaixo segue resumo de carta circular publicada em 08 de junho de 2014 por decisão do papa Francisco: c) De todos os modos, será necessário que no momento de dar-se a paz se evitem alguns abusos tais como: - A introdução de um "canto para a paz", inexistente no Rito romano [9]. - Os deslocamentos dos fiéis para trocar a paz. - Que o sacerdote abandone o altar para dar a paz a alguns fiéis. - Que em algumas circunstâncias, como a solenidade de Páscoa ou de Natal, ou Confirmação, o Matrimônio, as sagradas Ordens, as Profissões religiosas ou as Exequias, o dar-se a paz seja ocasião para felicitar ou expressar condolências entre os presentes. É considerado por alguns como inapropriado para antes da comunhão, pois dispersa o povo e desvia o clima de oração para o rito seguinte, sendo por eles colocados em outros momentos na liturgia da missa (após a bênção final, ou após o ato penitencial, ou após a apresentação das ofertas...). Mas a saudação da paz após a oração do pai-nosso está liturgicamente prescrita e fica a critério de cada costume local, como também de cada rito católico aprovado pela Sé Romana (melquita, maronita...). Abraço da paz
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Comunhão O “Canto de Comunhão” é o canto mais antigo da Missa. Historicamente falando, era um canto idêntico aos salmos, contendo as estrofes com um refrão repetitivo. Por ele, através da procissão e da união das vozes, expressamos nossa união espiritual em torno de Jesus. Todos ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma Igreja, participamos do mesmo Pão do Céu. E esta é realmente a função do canto de comunhão: fomentar o sentido de unidade. Desta forma, ele manifesta a alegria da unidade do Corpo de Cristo, que é a Igreja, e alegria pela realização do Mistério que está sendo celebrado. Os hinos eucarísticos usados na adoração ao Santíssimo Sacramento não são apropriados para o momento de comunhão, pois eles destacam apenas a fé na Presença Real de Cristo na Eucaristia, mas não manifestam o sentido de unidade da participação em comum. A letra deste canto não deve ser individualista, ou seja, manifestar a comunhão apenas daquele que comunga, mas sim coletiva, isto é, deve provocar na assembleia uma sensação de que todos comungam ao mesmo tempo. Este canto acompanha o rito da comunhão e deve terminar quando a última pessoa comungar. Em certas oportunidades, este canto deve favorecer o acolhimento, para evitar um comungar puramente rotineiro e inconsciente. Os hinos eucarísticos podem ficar como uma segunda opção (canto de ação de graças), após todos comungarem. Lembramos que equipe de música deve proporcionar o silêncio eucarístico necessário ao encontro e oração pessoal que se dará, mais oportunamente, no momento seguinte. Dicas Práticas: - Deve obrigatoriamente falar sobre a comunhão, ou sobre o corpo e sangue de Cristo, ou sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outra palavra que faça alusão ao mistério da Eucaristia. - Musica: Contemplativa. Enquanto o sacerdote e os fieis recebem o Sacramento entoa-se o canto da Comunhão, que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e torna mais fraternal a procissão dos que vão receber o Corpo de Cristo. Deve obrigatoriamente falar sobre a comunhão, ou sobre o corpo e sangue de Cristo, ou sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outra palavra que faça alusão à mistério da eucaristia. Este canto acompanha o rito da comunhão. Portanto, começa quando sacerdote comunga e termina quando a última pessoa comungar. Comunhão
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Final A reforma litúrgica realizada pelo Concílio Vaticano II propôs, como última fórmula da celebração litúrgica, o “Ide em paz”. Um canto “final” após este momento seria lógica-incorreta, pois a assembleia está dispensada. O que temos, na verdade, é um canto de despedida. Este canto de despedida, executado durante a saída do povo, parecer oportuno ser, por exemplo, um hino missionário ou um hino direcionado ao padroeiro, ou em honra a Mãe do Senhor em algumas de suas comemorações. Este pode ser substituído por uma música instrumental, se parecer oportuno. Final
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Cordeiro de Deus Esta música deve iniciar-se no exato momento em que o presidente faz a fração das espécias eucarísticas. Quem inicia este rito não é quem preside, mas o grupo de sustentação. Caso ele não seja cantado, o mesmo deve ser proferido pelo animador ou ainda pelos cantores. A melodia deve ser suave, de forma piedosa. A letra deve ser fiel ao missal: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós…“ Este canto é o próprio rito de aclamação à Fração do Pão e deve ser cantado integralmente, devendo ser iniciado justamente no instante em que o sacerdote toma nas mãos o corpo de Cristo, fraciona-o e põe um fragmento dentro do cálice. É pois importante que o grupo de canto esteja atento a este momento. Por isso, para que um canto seja considerado canto de Cordeiro de Deus, ele deve obrigatoriamente conter as palavras: Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós ... Dai-nos a paz. Cordeiro de Deus
2º Macabeus
Capítulo 12
- 1 Concluídos esses tratados, voltou Lísias para junto do rei, e os judeus voltaram aos trabalhos dos campos.
- 2 No entanto, chefes militares locais, como Timóteo, Apolônio, filho de Jeneu, Jerônimo e Demofonte, e além destes, o cipriarca Nicanor, não lhes davam trégua, nem os deixavam viver em repouso.
- 3 Por outro lado, os habitantes de Jope praticaram a seguinte infâmia: convidaram os judeus que habitavam entre eles a subir com suas mulheres e filhos para barcas que eles haviam preparado. Não davam a entender intenção malvada alguma a seu respeito,
- 4 mas pareciam proceder, seguindo uma decisão votada pela cidade. Os judeus, pacíficos e sem suspeitarem, anuíram, mas quando chegaram ao alto-mar foram afogados em número de duzentos pelo menos.
- 5 Mal soube Judas do crime praticado contra a gente de sua nação, convocou seus homens.
- 6 Depois de ter invocado a Deus, justo juiz, foi contra os carrascos de seus irmãos e, de noite, ateou fogo ao porto, incendiou as embarcações e passou a fio de espada os que ali se haviam refugiado.
- 7 Como a cidade mesma estivesse fechada, afastou-se, mas com a intenção de voltar e exterminar todos os habitantes de Jope.
- 8 Por outro lado, advertido de que os habitantes de Jânia queriam tratar do mesmo modo os judeus que viviam com eles,
- 9 atacou-os naquela mesma noite e incendiou o porto com a esquadra. De Jerusalém, que dista duzentos e quarenta estádios, podia-se observar o clarão do fogo.
- 10 Percorridos já nove estádios, no seu avanço contra Timóteo, lançaram-se sobre eles os árabes em número de pelo menos cinco mil a pé e quinhentos a cavalo.
- 11 Travou-se um combate violento, mas, com a ajuda de Deus, os soldados de Judas venceram-nos, e, vencidos, os árabes lhe pediram paz: prometiam dar gado aos judeus e os auxiliariam de outras maneiras.
- 12 Crendo que, na verdade, eles lhe poderiam ser úteis, Judas aceitou a paz com eles, e, concluída esta, regressaram às suas tendas.
- 13 Em seguida, atacou Judas uma cidade forte, chamada Caspim, cercada de muralhas, habitada por uma mistura de povos.
- 14 Confiados na firmeza de seus muros e na abundância de suas provisões, os sitiados mostraram-se excessivamente grosseiros contra as tropas de Judas, lançando-lhes injúrias, blasfêmias e palavras ímpias.
- 15 Judas juntamente com os seus invocaram o grande Senhor do mundo, que, no tempo de Josué, derribou os muros de Jericó sem aríetes nem máquinas de guerra; depois, investiram furiosamente contra a muralha.
- 16 Uma vez senhores da cidade pela vontade de Deus, praticaram uma horrorosa carnificina, a ponto de um tanque vizinho, com a largura de dois estádios, parecer cheio de sangue que ali se derramou.
- 17 Dali, após uma marcha de setecentos e cinqüenta estádios, alcançaram o acampamento fortificado onde habitavam os judeus, chamados tubianeus.
- 18 Não acharam ali, todavia, Timóteo: ele havia deixado os lugares sem ter conseguido nada, mas deixara num posto uma guarnição muito forte.
- 19 Dositeu e Sosípatro, que comandavam tropas de Macabeu, foram atacar esse posto fortificado e mataram todos os homens que Timóteo ali havia colocado, isto é, mais de dez mil.
- 20 Macabeu dividiu então seu exército e confiou a cada um deles uma parte; em seguida foi contra Timóteo, acompanhado de cento e vinte mil infantes e dois mil e quinhentos cavaleiros.
- 21 Logo que teve conhecimento da chegada de Judas, Timóteo conduziu as mulheres, as crianças e as bagagens para um lugar chamado Carnion, porque era um lugar tornado inexpugnável pelos desfiladeiros e de acesso muito difícil.
- 22 Quando apareceu o primeiro exército de Judas, o terror apoderou-se logo dos inimigos, porque aquele que vê todas as coisas manifestou-se a seus olhos; e fugiram em todas as direções, ferindo-se constantemente uns aos outros e transpassando-se com as suas próprias espadas.
- 23 Judas perseguiu encarniçadamente esses malfeitores, matando e massacrando até trinta mil homens.
- 24 O próprio Timóteo caiu nas mãos dos homens de Dositeu e de Sosípatro, aos quais pediu com grandes instâncias deixá-lo partir são e salvo, porque tinha em seu poder os pais e mesmo os irmãos da maior parte deles, que poderiam ser maltratados.
- 25 Dava-lhes numerosas garantias e prometia libertar seus prisioneiros sem fazer-lhes mal; e com isso soltaram-no, para salvar seus irmãos.
- 26 Em seguida, Judas atacou Carnion e o templo de Atargatis e massacrou vinte e cinco mil homens.
- 27 Depois dessa perseguição e matança, conduziu suas tropas diante de Efron, cidade forte, onde habitava Lísias e gente de todas as nações. Jovens robustos, colocados em frente à muralha, defendiam-na valentemente: dentro havia grande provisão de máquinas e projéteis.
- 28 Os judeus invocaram o Soberano que tem o poder de aniquilar as forças dos inimigos, tornaram-se senhores da cidade e mataram ali vinte e cinco mil homens.
- 29 Dali partiram eles para alcançar a cidade de Citópolis, a seiscentos estádios de Jerusalém.
- 30 Todavia, os judeus que habitavam ali atestaram que os citopolitanos haviam usado de benevolência para com eles e os haviam tratado com deferência no tempo da perseguição.
- 31 Judas e os seus agradeceram, pois, a estes e os exortaram a perseverar nessas disposições para com os de sua raça; em seguida entraram em Jerusalém, porque a festa das Semanas se aproximava.
- 32 Passada a festa de Pentecostes, foram contra Górgias, chefe militar da Iduméia;
- 33 esse saiu-lhes ao encontro com três mil infantes e quatrocentos cavaleiros;
- 34 e travou-se uma batalha na qual pereceram alguns judeus.
- 35 Dositeu, um dos cavaleiros de Baquenor, muito corajoso, apoderou-se de Górgias; retendo-o pela clâmide, arrastava-o à força, a fim de capturar vivo o maldito, quando se precipitou sobre ele um cavaleiro da Trácia, que lhe decepou um ombro, e Górgias fugiu para Marisa.
- 36 No entanto, as tropas de Esdrin, que combatiam há muito tempo, achavam-se fatigadas; então Judas suplicou ao Senhor que se mostrasse seu aliado e os guiasse no combate.
- 37 E, começando a entoar cantos na língua pátria e lançando o grito de guerra, atirou-se inopinadamente sobre os soldados de Górgias e os pôs em fuga.
- 38 Quando havia reunido seu exército, Judas alcançou a cidade de Odolão e, chegando o sétimo dia da semana, purificaram-se segundo o costume e celebraram ali o sábado.
- 39 No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais.
- 40 Ora, sob a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de Jânia, proibidos aos judeus pela lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a causa de sua morte.
- 41 Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz aparecer as coisas ocultas,
- 42 e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados.
- 43 Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição,
- 44 porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles.
- 45 Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente,
- 46 era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.