A “Sala das Lágrimas”, onde o cardeal se torna Papa - Blog notícias Cantar a Missa

Data: 25 de setembro de 2024

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Notícias Católicas - A igreja Evangelizando

Cantos para missa, Liturgia, Entrada Comunhão Ofertório Aclamação Santo Glória Ato Penitencial

  • Entrada Entrada Deus caminha ao nosso encontro: esse é o sentido da procissão de entrada. Em diversas passagens bíblicas vemos o povo de Deus caminhar, seja em busca da terra prometida, seja em busca de libertação. Ora a caminho de Jerusalém, ora ao encontro de Jesus. É por isso, que na pessoa do sacerdote, aclamamos a Cristo que vem ao nosso encontro, com toda a sua majestade, seu poder e autoridade, para celebrarmos juntos os Mistérios do sacrifício da Missa. O canto de abertura (ou de entrada) está inserido nos ritos iniciais e cumpre o papel de criar comunhão. (IGMR 48) Uma de suas funções é a de acompanhar a procissão do sacerdote e não para acolher ou receber o sacerdote, pois é este quem acolhe a todos os presentes na assembleia para participarem do grande sacrifício da Santa Missa. Toda a assembleia reunida canta a alegria festiva de reunir-se com os irmãos. Seu mérito é o de convocar a assembleia e, pela fusão de vozes, juntar os corações ao encontro com do Cristo ressuscitado. Este canto tem que deixar a assembleia num estado de ânimo apropriado para a escuta da palavra de Deus, além de deixar claro que festa ou Mistério do tempo litúrgico irá ser celebrado. Todo o povo deve estar envolvido na execução desta canção. Este canto não deve ser longo e deve terminar quando o sacerdote chegar ao altar (ou quando terminar o rito de incensação do altar). Conforme diz Santo Agostinho: “Canta e caminha!” Finalidade: constituir e congregar a assembleia, introduzindo-a no mistério a ser celebrado – tempo litúrgico, sonorizar o caráter festivo da celebração, fomentar a união dos fiéis, dar o tom da celebração. O Missal Romano diz: “... seja adequado à ação sagrada ou à índole do dia ou do tempo litúrgico”, elevando seus pensamentos à contemplação do mistério litúrgico. A finalidade desse canto é Abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir os fieis no Mistério do tempo litúrgico ou da festa, acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros, deve terminar quando o padre chegar ao altar. Se houver uso de incenso, prossegue até que o altar seja incensado. Entrada
  • Ato Penitencial Ato Penitencial Senhor, tende piedade ou Kyrie eleison - é uma aclamação suplicante endereçada a Cristo, o Senhor, louvando-O e à sua misericórdia. Pertence aos cantos rituais, constituindo o próprio rito da celebração (Ordinário da Missa) Significado Litúrgico - O ato penitencial, também conhecido na liturgia antiga como Kyrie eleison, pode ser comparado a um capacho posto à entrada de um recinto. Assim como limpamos a sujeira da sola do calçado, semelhantemente, no ato penitencial, recebemos o perdão de todos os pecados veniais: a impureza adquirida no dia-a-dia, que nos torna indignos de participar do banquete da eucaristia. Os pecados mortais exigem o sacramento da confissão. Este canto é o próprio rito de ato penitencial e deve ser cantado integralmente, devendo obrigatoriamente conter as frases: SENHOR PIEDADE (ou Kyrie eleison) e CRISTO PIEDADE (ou Christe eleison). Caso contrário, o canto estará liturgicamente errado. Dicas práticas: Liturgicamente correto é: 1. Rezar o “Confesso a Deus Todo Poderoso e a vós irmãos...”; 2. Após a absolvição dos pecados (Deus Todo Poderoso tenha compaixão...) o ministério cantar o “Senhor, tende piedade de nós; Cristo, tende piedade de nós; Senhor, tende piedade de nós”; 3. Logo em seguida, sem nenhuma introdução nem por parte do presidente da celebração, nem por parte do comentarista ou ministério de música, os cantores iniciam o hino do glória. Este canto é o próprio rito de ato penitencial e deve ser cantado integralmente, devendo obrigatoriamente conter as frases: SENHOR PIEDADE (ou Kyrie eleison) e CRISTO PIEDADE (ou Christe eleison). Caso contrário, o canto estará liturgicamente errado. No domingo de Ramos pode ser substituído pela procissão. Na Quarta feira de Cinzas é substituído pela imposição das cinzas ou pode também ser substituído pela benção e aspersão da água. Toda a assembleia de pé. Todos são convidados pelo sacerdote a reverem suas faltas, permanecendo-se em silêncio por um tempo. Ato Penitencial
  • <span>Hino de Louvor - </span>Glória Hino de Louvor - Glória Significado Litúrgico - O hino de louvor, ou glória, expressa o louvor de toda a criatura ao Criador, do homem remido ao Salvador e do homem imperfeito ao Consolador, relembrando os pontos principais de todo o mistério de nossa salvação em Jesus Cristo. Este canto deve fazer o verdadeiro louvor, assim como disse São Paulo, o louvor que glorifica Deus pelo que ELE É e não pelo que Ele faz. Este canto é o próprio rito de hino de louvor e deve ser cantado integralmente. Por isso, para este canto ser considerado corretamente como hino de louvor, este deve obrigatoriamente conter toda a oração do hino de louvor: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai Todo-Poderoso nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por Vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai, Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Vós que tirais os pecados do mundo, acolhei a nossa súplica, Vós, que estais à direita de Deus Pai, tende piedade de nós, só Vós sois o Santo, só Vós o Senhor, só Vós o Altíssimo Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém”. É falsa, portanto, a idéia de que apenas basta ter as invocações de “Glória ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao Espírito Santo”, para que um canto seja verdadeiro hino de louvor. Com isso, podemos constatar que é um ERRO LITÚRGICO bastante comum em inúmeras paróquias e em inúmeros grupos de canto, a substituição da recitação do hino de louvor por cantos que não o contenham integralmente. Obs: Durante o tempo da quaresma e do advento não se canta o hino de louvor, pois são tempos litúrgicos de penitência e de contrição, não de festa. É o hino antiquíssimo (século II) pelo qual a Igreja congregada no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. É um louvor as três pessoas da Santíssima Trindade, cantado ou recitado nas Missas dominicais, solenidades ou nas festas dos santos. No tempo do Advento e Quaresma não se reza nem se canta o Glória. Também não se diz nos dias de semana porque perderia o sentido solene. Hino de Louvor - Glória
  • Aclamação<span> ao Evangelho</span> Aclamação ao Evangelho Como o Evangelho é o próprio Cristo que fala, devemos estar de pé, na posição de quem ouve o recado para ir anunciar as palavras de salvação. Este canto é o próprio rito de aclamação ao Evangelho e deve ser cantado integralmente. Para que um determinado canto possa ser considerado como canto de aclamação ao Evangelho, este deve, obrigatoriamente, conter a palavra “aleluia!”. Em todos os tempos do ano litúrgico, exceto no Advento e Quaresma, esta aclamação é constituída pelo Aleluia seguido do versículo que vem indicado no próprio Lecionário. Dicas Práticas: 1. Deve-se sustentar o canto se tiver a procissão do Evangeliário do Altar até o ambão. Obs: Na Liturgia da Missa somente existe duas procissões do Evangeliário: o sacerdote (o diácono ou o leitor instituído) entra com o Livro Santo na procissão de entrada da Missa e no momento da proclamação do Evangelho. É estranho a Liturgia uma procissão de Bíblia ou do próprio lecionário, após a oração da coleta da missa. Se vai fazer procissão da Palavra de Deus, observe-se as normas litúrgicas. Não existem dançarinas, teatrinhos e bailes para entrada ou acompanhamento da Palavra de Deus no rito da Missa. Em um encontro pode-se fazer, mas NÃO NO RITO DA MISSA. 2. No tempo da Quaresma é proibido o uso do “aleluia” e o “glória” (exceto nas solenidades que o calendário litúrgico traz em suas datas fixas). 3. No tempo do Advento se aconselha a não contar o aleluia. Esta aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, através da qual a assembleia dos fieis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. Para que um determinado canto possa ser considerado como canto de aclamação ao evangelho, este deve obrigatoriamente conter a palavra ALELUIA, que significa alegria,exceto no tempo da quaresma onde este aleluia é vetado, em virtude do forte tempo de penitência e contrição. No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no lecionário. Aclamação ao Evangelho
  • <span>Apresentação das </span>Oferendas Apresentação das Oferendas O canto deve acompanhar o rito da apresentação dos dons, ou seja, a procissão das oferendas. Em missas onde houver a incensação, a música pode ser estendida até o término deste rito. Este é um canto facultativo e pode ser executado de forma totalmente instrumental ou cantado somente pelo grupo de sustentação, ou ainda omitido (silêncio). Neste caso, observa-se a oração proferida pelo presidente da celebração: “Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos e vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano, que agora vos apresentamos, e que para nós se vai tornar o pão da vida.“ O término deste canto não precisa coincidir como fim da apresentação das oferendas, mas pode ser cantado inteiramente, devendo ser encerrado, no máximo, quando o sacerdote termina de oferecer o pão e o vinho e purifica as mãos. Para que um canto seja considerado como de apresentação das ofertas, este deve conter as palavras PÃO E VINHO ou deixar implícito que as ofertas que realmente importam são o pão e o vinho, onde os dons são apresentados diante do Altar do Senhor. Dicas Práticas: 1. O Canto de Apresentação das Oferendas pode ser substituído por uma música instrumental; 2. O sentido do canto tem de ser o de um Louvor de apresentação, diante do altar do Senhor, dos Dons que recebemos, os frutos do nosso trabalho, a nossa família e amigos, a vida, ou seja, tudo aquilo que podemos e devemos colocar diante do Senhor como forma de agradecimento e com confiança, de que tal como o Pão e o Vinho que são apresentados, mais tarde se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo, nossas vidas colocadas diante do altar, estão sendo entregues ao Senhor confiantes de que podem ser transformadas. 3. Não é obrigatório que contenha as palavras: pão, vinho e ofertório, porém devemos ter cuidado, para que o não uso dessas três palavras, levem a música ficar subtendida quanto ao real sentido desse momento. Este canto acompanha o rito da apresentação das ofertas e, por isso, deve ser encerrado quando sacerdote termina de oferecer os dons a Deus e lava as mãos. Nas missas solenes, quando há o uso de incenso, o canto deve se estender até o momento após a incensação da assembléia, corpo místico de Cristo. Conforme doc.79-319 CNBB: "o texto deste canto não precisa falar, necessariamente, de pão e de vinho nem de ofertório ou oblação, mas pode expressar o louvor e a referência ao tempo litúrgico. Na tradição do Canto Litúrgico no Brasil, desde a introdução do vernáculo, o“Canto de Apresentação das Oferendas” chegou a tornar-se um momento em que o povo deseja expressar sua disposição de querer oferecer sua vida, sua luta e trabalho ao Senhor, o que parece ter um alto valor existencial e espiritual"; Apresentação das Oferendas
  • Santo Santo Para concluir o prefácio da Oração Eucarística o povo aclama o Senhor com as palavras que o profeta Isaías ouviu os serafins cantarem no templo, em sua visão (Is 6,3). O “Santo” é um dos três principais cantos fixos da Missa. Nele, toda a assembléia se une aos anjos e santos, para proclamarem as maravilhas do Deus Uno e trino. É o canto dos anjos (Is 6,2-3) e também dos homens (Lc 19,38). Este canto pertence, então, a comunidade toda e não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos e santos para cantarem a uma só voz, e, depois, somente um coral ou um solista executar o canto sozinho. O “Santo” é o próprio rito da aclamação e deve ser cantado integralmente. Porque a Igreja se preocupa para que este hino não seja adulterado? Por causa de seu valor histórico, tais como o “Senhor, tendo piedade de nós. Cristo tende...; Glória a Deus nas alturas...; e o Cordeiro de Deus. Dados históricos: Tem sua origem no Oriente, século II. O texto bíblico: um manto de retalhos, uma compilação de textos bíblicos – As duas primeiras aclamações, tiradas de Isaías, de sua visão dos anjos prostrados diante do altar... “Toda a terra está cheia de sua glória” Hosana. do hebraico Hosiah-na= dá a salvação, do salmo 118,25 – “Senhor, dai-nos a salvação!” Nas alturas = Deus que habita os altos céus... Bendito o que vem: Sl 118,26, que a tradição transformou numa aclamação messiânica: “Bendito O que vem em nome do Senhor!”, festejando e aclamando o Senhor, quando de sua entrada em Jerusalém. (Mt 21, 9). Portanto, o clima bíblico do Santo é de celebração gloriosa: teofania (manifestação de Deus), deve produzir expressão exuberante de alegria, aclamação jubilosa, unânime e solene com que se conclui o prefácio (que inicia a oração eucarística, e devia ser cantado).O santo, como o salmo e o Amém doxológico, é o principal dos cantos principais da missa. É a primeira aclamação da assembleia na prece eucarística, e como hino-aclamação. Segundo o Apocalipse, o Sanctus é a aclamação da liturgia celeste. A assembléia deveria ficar à vontade e alegre, ao cantar esse louvor solene, sentindo-se intérprete fundamental desta aclamação, a primeira e mais importante a ser cantada pela comunidade. A melhor forma de cantar o Santo é a forma direta. Não deve ser substituído por “versões tão livres que não correspondam à doxologia bíblica.” Dicas Práticas: 1. Para que um canto do “Santo” seja considerado litúrgico, ele deve conter, obrigatoriamente, todas as palavras da oração recitada. Ou seja: “Santo, Santo, Santo; Senhor Deus do universo. O céu e a terra proclamam a vossa glória; Hosana das alturas. Bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas”. O recomendável mesmo é que o canto se atenha à esta aclamação bíblica, sem introduzir alterações no texto original. 2. Está proibido o uso de determinados hinos que devem ser evitados pelos ministérios, tais como: a) Santo, santo, santo; dizem todos os anjos... céus e terras passarão... b) Deus é santo, Deus é amor... c) Santo três vezes santo, mil vezes santos... d) O Senhor é santo, ele está aqui, o Senhor é santo, eu posso sentir... etc. 3. No momento da narração da instituição da Eucaristia, está proibido a execução de hinos, instrumentais ou o canto da narração da instituição por parte do presidente da celebração. Este canto é o próprio rito de aclamação do Santo e deve ser cantado integralmente. Por isso, para que um canto seja considerado canto de santo, ele deve obrigatoriamente conter todas as palavras da oração recitada, ou seja: Santo, Santo, Santo (3 vezes santo) + Bendito o que vem em nome do Senhor + Hosana nas alturas. Santo
  • Abraço da paz Abraço da paz A “saudação da paz”, antes da Oração do Pai-Nosso, está liturgicamente prescrita e por ser um gesto simbólico, deve ser dada com sobriedade aos que estão mais próximos, do lado, preferencialmente, sem sair do lugar. A Instrução Geral do Missal Romano diz que o sacerdote deve permanecer no presbitério, podendo saudar o ministro ou alguém na assembleia, mas permanecendo no âmbito do presbitério. A saudação é prescrita, mas o canto não, e entre cantar ou não, melhor que não se cante para valorizar o gesto (IGMR 82), não causar dispersão na assembleia e, também, não abafar o canto do “Cordeiro de Deus”, já que este tem a preferência durante o rito de “Fração do Pão”. Abaixo segue resumo de carta circular publicada em 08 de junho de 2014 por decisão do papa Francisco: c) De todos os modos, será necessário que no momento de dar-se a paz se evitem alguns abusos tais como: - A introdução de um "canto para a paz", inexistente no Rito romano [9]. - Os deslocamentos dos fiéis para trocar a paz. - Que o sacerdote abandone o altar para dar a paz a alguns fiéis. - Que em algumas circunstâncias, como a solenidade de Páscoa ou de Natal, ou Confirmação, o Matrimônio, as sagradas Ordens, as Profissões religiosas ou as Exequias, o dar-se a paz seja ocasião para felicitar ou expressar condolências entre os presentes. É considerado por alguns como inapropriado para antes da comunhão, pois dispersa o povo e desvia o clima de oração para o rito seguinte, sendo por eles colocados em outros momentos na liturgia da missa (após a bênção final, ou após o ato penitencial, ou após a apresentação das ofertas...). Mas a saudação da paz após a oração do pai-nosso está liturgicamente prescrita e fica a critério de cada costume local, como também de cada rito católico aprovado pela Sé Romana (melquita, maronita...). Abraço da paz
  • Comunhão Comunhão O “Canto de Comunhão” é o canto mais antigo da Missa. Historicamente falando, era um canto idêntico aos salmos, contendo as estrofes com um refrão repetitivo. Por ele, através da procissão e da união das vozes, expressamos nossa união espiritual em torno de Jesus. Todos ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma Igreja, participamos do mesmo Pão do Céu. E esta é realmente a função do canto de comunhão: fomentar o sentido de unidade. Desta forma, ele manifesta a alegria da unidade do Corpo de Cristo, que é a Igreja, e alegria pela realização do Mistério que está sendo celebrado. Os hinos eucarísticos usados na adoração ao Santíssimo Sacramento não são apropriados para o momento de comunhão, pois eles destacam apenas a fé na Presença Real de Cristo na Eucaristia, mas não manifestam o sentido de unidade da participação em comum. A letra deste canto não deve ser individualista, ou seja, manifestar a comunhão apenas daquele que comunga, mas sim coletiva, isto é, deve provocar na assembleia uma sensação de que todos comungam ao mesmo tempo. Este canto acompanha o rito da comunhão e deve terminar quando a última pessoa comungar. Em certas oportunidades, este canto deve favorecer o acolhimento, para evitar um comungar puramente rotineiro e inconsciente. Os hinos eucarísticos podem ficar como uma segunda opção (canto de ação de graças), após todos comungarem. Lembramos que equipe de música deve proporcionar o silêncio eucarístico necessário ao encontro e oração pessoal que se dará, mais oportunamente, no momento seguinte. Dicas Práticas: - Deve obrigatoriamente falar sobre a comunhão, ou sobre o corpo e sangue de Cristo, ou sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outra palavra que faça alusão ao mistério da Eucaristia. - Musica: Contemplativa. Enquanto o sacerdote e os fieis recebem o Sacramento entoa-se o canto da Comunhão, que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e torna mais fraternal a procissão dos que vão receber o Corpo de Cristo. Deve obrigatoriamente falar sobre a comunhão, ou sobre o corpo e sangue de Cristo, ou sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outra palavra que faça alusão à mistério da eucaristia. Este canto acompanha o rito da comunhão. Portanto, começa quando sacerdote comunga e termina quando a última pessoa comungar. Comunhão
  • Final Final A reforma litúrgica realizada pelo Concílio Vaticano II propôs, como última fórmula da celebração litúrgica, o “Ide em paz”. Um canto “final” após este momento seria lógica-incorreta, pois a assembleia está dispensada. O que temos, na verdade, é um canto de despedida. Este canto de despedida, executado durante a saída do povo, parecer oportuno ser, por exemplo, um hino missionário ou um hino direcionado ao padroeiro, ou em honra a Mãe do Senhor em algumas de suas comemorações. Este pode ser substituído por uma música instrumental, se parecer oportuno. Final
  • Cordeiro de Deus Cordeiro de Deus Esta música deve iniciar-se no exato momento em que o presidente faz a fração das espécias eucarísticas. Quem inicia este rito não é quem preside, mas o grupo de sustentação. Caso ele não seja cantado, o mesmo deve ser proferido pelo animador ou ainda pelos cantores. A melodia deve ser suave, de forma piedosa. A letra deve ser fiel ao missal: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós…“ Este canto é o próprio rito de aclamação à Fração do Pão e deve ser cantado integralmente, devendo ser iniciado justamente no instante em que o sacerdote toma nas mãos o corpo de Cristo, fraciona-o e põe um fragmento dentro do cálice. É pois importante que o grupo de canto esteja atento a este momento. Por isso, para que um canto seja considerado canto de Cordeiro de Deus, ele deve obrigatoriamente conter as palavras: Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós ... Dai-nos a paz. Cordeiro de Deus

A “Sala das Lágrimas”, onde o cardeal se torna Papa

08 de Maio de 2025 A “Sala das Lágrimas”, onde o cardeal se torna Papa

Na parede do Juízo Final na Capela Sistina, nos lados do altar, há duas portas fechadas de tamanho não muito grande. A da esquerda leva à chamada “Sala das Lágrimas”, onde, imediatamente após a eleição, o recém-eleito Pontífice entra para trocar a roupa e se recolher em oração por alguns minutos. Monsenhor Marco Agostini, mestre de cerimônias pontifícias: “ali o Papa toma consciência do que se tornou, do que será dali em diante”.

Depois da verdade feita arte dos afrescos da Sistina, seu esplendor deslumbrante e absoluto, a luz e o ouro, o gigantismo das figuras, com olhos que parecem brilhar, com gestos capazes, por si sós, de evocar passagens precisas das Escrituras, ficamos consternados ao cruzar o limiar da porta que leva à “Sala das Lágrimas”. Deixamos para trás a magnificência universalmente aclamada das pinturas de Michelangelo e dos maiores artistas renascentistas para nos encontrarmos em uma sala pequena e sem cor. É uma sala com abóbadas com lunetas nas quais estão preservados alguns fragmentos de afrescos. Dois lances de escada em um lado e, na parede oposta, uma janela escondida por uma cortina. Uma mesa e duas cadeiras de madeira escura, um sofá vermelho e um cabideiro. A decoração é essencial. A maravilha sentida ao ver a beleza absoluta dá lugar a um sentimento íntimo que se expande na alma, à percepção da passagem dos séculos: parece se estar vendo os Pontífices escolhendo uma das três batinas brancas disponibilizadas a eles, cada uma de um tamanho diferente, e de estar vestindo aquela que será a roupa e a cor que os distinguirão para sempre. É algo mais antigo e profundo do que uma simples troca de roupa. A tradição e o ritual assumem um significado poderoso que não é apenas formal, mas, acima de tudo, espiritual.

Um lugar de consciência



Parece que os vemos também, reunidos no silêncio desse local pouco iluminado, enquanto rezam e, às vezes, como o nome da sala sugere, choram, tomados pela emoção. Após os dias convulsivos do Conclave, eles se encontram sozinhos consigo mesmos pela primeira vez. Sozinhos, mas face a face com Deus. Eles se dão conta de que, a partir daquele dia, serão Papas, assumirão o mandato petrino.

Contra a parede dessa sala de serviço, ergue-se a grandeza dramática dos afrescos de Michelangelo, mas escondido está o que foi originalmente planejado para concluir a complexa iconografia de toda a Capela. É o afresco de Perugino, protegido por uma cavidade atrás do Juízo, mas ainda assim conhecido por um desenho do início do século XVI no Museu Albertina, em Viena. Aos pés da Assunção, entre anjos e santos, está a única pessoa viva, o Papa Sisto IV della Rovere, ajoelhado. Com as mãos em oração, o rosto voltado para a figura da Virgem; a tiara no chão e a cabeça descoberta em sinal de humildade e respeito; a chave petrina apoiada em seu ombro direito, símbolo da sua missão, mas também do peso - quase uma cruz - que o Pontífice deve carregar. As palavras do Evangelista João ecoam de forma clara e inteligível: “... quando você era jovem, podeia se vestir e ir para aonde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos, e outros o vestirão e o levarão aonde você não quer ir. Jesus disse isso para informar com que tipo de morte ele iria glorificar a Deus”.

Voltando à "Sala das Lágrimas", em uma parede, uma placa, datada de 31 de maio de 2013, diz: “nesta sala, chamada ‘do choro’ em homenagem a Gregório XIV, que derramou lágrimas de emoção aqui em 5 de dezembro de 1590, assim que foi eleito Papa, o novo Pontífice, depois de aceitar a eleição, veste as roupas próprias”.

Na "Sala das Lágrimas", a tomada de consciência



O monsenhor Marco Agostini, mestre de cerimônias pontifícias, reflete com a mídia do Vaticano sobre o que é um momento particularmente delicado do Conclave e o seu significado espiritual. Ele descreve a "Sala das Lágrimas" como “muito pequena, também muito apertada”. “É importante”, diz ele, ”o que acontece de um ponto de vista simbólico. Ali, o Papa toma consciência do que ele se tornou, do que ele é de agora em diante. A troca da roupa fala da profunda mudança em sua existência. Ali ele aprende que a função é maior do que a pessoa. Talvez seja também daí que deriva a definição do sala das lágrimas, porque é o momento em que ele toma consciência de que a figura Papae é muito maior do que a pessoa que a veste e que, por baixo dela, o Papa aprenderá todos os dias a morrer, porque o ofício deve emergir, o Vigário de Cristo, o sucessor de Pedro, deve emergir”. Para monsenhor Agostini, para olhar para a "Sala das Lágrimas" “precisamos de uma visão sobrenatural que nos leve a ver”, enfatiza o mestre de cerimônias, “o próprio Papa que deve aprender a ler a si mesmo com os olhos da graça, com os olhos da fé, com uma visão sobrenatural".

Passar pela porta e mudar para sempre



Tomada de consciência da nova missão na Igreja e uma troca de roupa: esses são os dois momentos que acontecem na "Sala das Lágrimas". Ao se vestir, o Papa é ajudado pelo mestre de cerimônias. “Sabemos”, enfatiza monsenhor Agostini, ”que o cardeal eleito é acompanhado até essa porta, sob o Juízo Final à esquerda do altar, e sai com o mestre de cerimônias em suas vestes pontifícias". Atravessar a porta da "Sala das Lágrimas" muda a vida de uma pessoa para sempre, e nos faz refletir que isso acontece no Jubileu da Esperança, onde atravessar a Porta Santa realmente muda a vida de uma pessoa.

“É uma mudança muito profunda”, acrescenta o mestre de cerimônias referindo-se à "Sala de Lágrimas", ”é a travessia de um limiar muito especial porque vai tocar a intimidade da pessoa que se torna Papa. Poderíamos dizer que toca o coração do ministério petrino: um homem que se torna Papa, um cardeal que se torna Papa. Nós o chamamos de Papa, mas quando usamos a terminologia que historicamente designa os Papas, dizemos Vigário de Cristo, Sucessor de Pedro e, como Santa Catarina de Siena o definia, ´o doce Cristo na terra´. É esplêndido!”. Monsenhor Marco Agostini ressalta, no entanto, que “para contemplar essa visão é preciso um olhar sobrenatural, é preciso o olhar da fé”.

Fonte: Vatican News
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